Com a sedentarização do homem, sua relação com a natureza passou de adaptação para transformação. No entanto, dependemos da natureza, e ela deve ser um modelo a ser seguido e integrado, trabalhando de forma harmoniosa e conflituosa. Com isso, haveria um grande investimento nas áreas de pesquisa voltadas para a construção civil de forma a compreender melhor como poderíamos nos inspirar na natureza para construir uma cidade. A substituição de concreto por micélio, por exemplo, um material que vem das raízes dos cogumelos, com fácil cultivo e que pode ser moldado em diversos formatos, seria uma solução. Ele possui resistência ao fogo e é mais forte que concreto, se provando uma substituição perfeita. Outros biomateriais também poderiam substituir os artificiais, como tapetes, almofadas e cobertores feitos de grama e musgo; ou móveis criados por bichos-da-seda. Ao usar ‘materiais vivos’, estariamos nos sincronizando ao metabolismo da natureza, vivendo em ambientes com menor taxas de CO2 na atmosfera e com maior integração com a fauna e a flora.