Governança de dados democrática participativa e não corporativa. Enxergar o uso dos dados como uma possibilidade de construção de ferramentas de gestão da coisa pública, com participação da sociedade civil organizada, e não com apenas uma mercadoria. 

 

Para isso, devemos voltar às questões levantadas por Francisca Bria em “Cidades Inteligentes”.

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1. Os dados devem ser organizados dentro de um sistema único e integrado que permita o compartilhamento das informações. Assim, seria construída uma economia de compartilhamento baseada em bens comuns e não regida pelo poder que as grandes empresas possuem sobre os dados atualmente. 

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2. As estruturas legais e de políticas públicas devem ser mais transparentes e participativas. De forma a promover a inclusão pública na organização de dados, eles seriam geridos por um comitê de cidadãos que iriam monitorar o uso de dados de código aberto.

 

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3. Devem ser feitas infraestruturas digitais urbanas com sistemas abertos e flexíveis que ajudem a transformar a arquitetura da internet em um ambientes colaborativos, ao invés de modelos centralizados e proprietários, que não podem ser propriamente fiscalizados, aumentando a preocupação com a vigilância. 

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4. Deve ser feita uma reavaliação da relação entre os setores público e privado de forma que o setor público direcione a inovação e compartilhe os retornos dos investimentos públicos em pesquisa e inovação, gerido por um comitê de pesquisadores da sociedade civil organizada. Essas inovações devem ser desenvolvidas por micro e pequenas empresas que podem ser mais eficazes do que corporações de tecnologia gigantes.

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5. Para que o ambiente digital seja mais democratico, a população deve estar envolvida no processo de aprimoramento das políticas voltadas aos dados. Essa mudança envolve o uso da tecnologia para promover a democracia ativa e inclusiva.